quarta-feira, 5 de maio de 2010

Está possuída
Bruxa! Bruxa!
Corto as unhas dela
Arranco seus dentes
Ela ainda fere
Quente, quente.
Em lua crescente
Vem feito serpente
Me morder a boca
Louca! Louca!
Toma minha fala
Chama por um nome
Chama me consome
Fogo, fome.
Peço que desista
Rezo pra niná-la
Nela não há pena
Choro, choro.
Viro mãe, menina
Viro irmã serena
Ela me condena
Mente! Mente!
Me sacode a carne
Danço toda em transe
Transa de poeira
Corro, corro.
Quando a lua enche
Ela busca o gozo
Ele tem um dono
Não! Me escondo.
Canto agonizando
Cigarra vadia
Ela ainda clama
Vem! Me toma!

Mas de manhãzinha
Afogada em sede
Rende-se na cama.
(ama)
Carne seca cede.
Morre. Morro.
Mais um dia.
Sempre...


POSTADO EM MEU PERFIL PESSOAL POR ANDRE 

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